Qual o poema perfeito,
se tem metalinguagem?
Ou tem, semiótica,
poema vira vagem?
Ou tem pragmática,
que pura gramática!
Dentro desta bagagem…
Mas eu digo pra você:
o leitor não o ouve!
Por isso mesmo. Que
se sabe, não houve.
Deste escritor ruim,
o livro, igual capim!
pra burro, uma couve.
Até dias de hoje,
poesia… vegetal!
Tem os que comem, e os,
outros que já passam mal!
Falta, dessa pimenta,
e o alguém que tenta.
Mas que tempero sem sal…
Há poesia que é,
de uma palavra só!
E simples metáfora,
é entrelaçada sem nó.
Dessas coisa do mundo,
sentimentos, vem fundo!
Ou acaba, feito pó…
Vida é; Obra-prima,
fábula per-(en)-feita.
Vai me faz-(com)-er,
feito a sua receita?
Se sonora decora,
e por fora nem c-(h)-ora!
É ponte rar-(a)-efeita…
Victor Tales, 51º de Poesia
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