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Friedrich Hölderlin

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Friedrich Hölderlin – Os poetas hipócritas

Friedrich Hölderlin

Frios hipócritas, não faleis dos deuses!
Vós sois tão razoáveis! não acreditais em Hélios,
Nem no Tonante e no Deus do Mar;
A Terra está morta, quem quer agradecer-lhe? ─

Confiança, Deuses! pois ornais a canção,
Inda que dos vossos nomes a alma já se foi,
E quando é precisa uma grande palavra,
Mãe Natureza! é em ti que se pensa.

Friedrich Hölderlin, Poemas

Friedrich Hölderlin

Friedrich Hölderlin – Buonaparte

Friedrich Hölderlin

Vasos sagrados são os poetas,
Onde o vinho da vida, o espírito
Dos heróis se conserva;

O espírito desse jovem, porém,
Tão rápido, como não quebraria
Se o quisesse prender, o vaso?

Que o poeta o deixe intacto como o espírito da natureza,
Em tal matéria torna-se aprendiz o mestre.

No poema ele não pode viver e ficar:
Ele vive e fica no mundo.

Friedrich Hölderlin, Sämtliche Werke und Briefe.Vol.1 – trad. Antonio Cícero

Friedrich Hölderlin

Friedrich Hölderlin – Curso da vida

Friedrich Hölderlin

Coisas maiores querias tu também, mas o amor
A todos vence, a dor curva ainda mais,
E não é em vão que o nosso círculo
Volta ao ponto donde veio!

Para cima ou para baixo! Não sopra em noite sagrada,
Onde a Natureza muda medita dias futuros,
Não domina no Orco mais torto
Um direito, uma justiça também?

Foi isso que aprendi. Pois nunca, como os mestres mortais,
Vós, ó celestiais, ó deuses que tudo mantendes,
Que eu saiba, nunca com cuidado
Me guiastes por caminho plano.

Tudo experimente o homem, dizem os deuses,
Que ele, alimentado com forte mantença, aprenda a ser grato por tudo,
E compreenda a liberdade
De partir para onde queira.

Friedrich Hölderlin, Poemas