Foi minha amante esta mulher que passa…
Sorveu-me em beijos todo meu ideal!
E comigo bebeu na mesma taça
O vinho do desejo sensual…
Muito tempo possuímos nós sem jaça,
A gema da ventura triunfal.
Mas um dia partiu…E ei-la devassa,
Bracejando no pélago do mal…
Quando ela passa, eu vejo na tristeza
Do seu olhar de erótica beleza
Todo brilho da orgia e da desgraça…
E não posso ficar indiferente,
Só porque afinal infelizmente,
Foi minha amante esta mulher que passa…
Emídio de Miranda, Amar, Verbo Atemporal
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1 Comentário
Luciano Amaral
13/07/2019 at 16:47Aqui, onde me vês, neste recanto
Longe de todas as paixões sozinho
As vezes rio e penso e choro e canto
Mas na dor resplandeço e não definho…
Alguém poderia me informar o autor do soneto que se inicia com este primeiro quarteto??
Grato.
Luciano Amaral
luciano.amaral08@gmail.com