Cecília Meireles

Cecilia Meireles – Agitado

cecilia meireles
image_pdfimage_print

Os violinos choram, soturnos,
Dentro da noite morta e triste,
Elegias vãs de Noturnos…
E nada existe… nada existe…

Sombras. A câmara apagada…
Sombras… Meu vulto é longe… ausente…
Silencio… Calma… Sonho… Nada…
Vago, leve, indecisamente…

Noite. Que noite!… Pelas bordas
Das jarras negras, morrem lírios…
Chopin. Falecem pelas cordas
Tremulas trêmulos martírios…

Andam, no vento, aromas soltos,
Saudades lentas… Alto, passa
O véu do luar nos céus revoltos,
Cheiros de signos de desgraça…

Cecilia Meireles, Nunca mais

Você gostou deste poema?

Você Pode Gostar Também

Sem comentários

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.