Ana Luísa Amaral

Ana Luísa Amaral – Lua de papel

Ana Luísa Amaral
image_pdfimage_print

Se eu cantasse o amor sem resultado ou causa,
seria mais sensata: chegava-me uma lua de papel,
um par de braços lisos, conformados

Se eu cantasse o amor sem causa ou resultado,
tinha muito mais paz: fingida em luas-cheias,
seria mais sensata e decerto poeta bem melhor

Assim o que me resta é lua cheia a trans-
bordar de tridimensional. A paz a falhar toda
e eu resolvida em causa a insistir papel. E amor.

Ana Luísa Amaral, 366 poemas que falam de amor – Organização Vasco Graça Moura

Você gostou deste poema?

Sem comentários

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.