Agora eu sou a margem indiferente deste rio,
deste rio da Vida, que passa sem me ver…
Agora eu sou um desejo do esperado Fim,
um sonho que ficou por despertar,
uma lágrima apenas que jamais tardou
às chamadas da minha alma doente.
Eu sou o tédio,
o que ambicionou tudo o que não veio…
Eu sou o tédio, “eu sou a morte… eu sou o frio”.
Alberto de Lacerda, Itinerário
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