Samarone Lima

Samarone Lima – Migrações

Samarone Lima
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Não queria mais reter
Aquelas passadas mansas
(as mãos tinham uma forma de se dar
como uma atmosfera desenhada
por ventos alísios)
Pássaros debandaram rumo ao Ártico
Sírios morreram em tanta fúria
Em tantas bombas milimétricas
O tempo arrefeceu
Como um acontecimento que feriu sua natureza
Olho o avesso das minhas mãos:
Em cada linha
Há traços do teu rosto
Tua forma de estar no mundo
de se ausentar de mim
Como os pássaros, rumo ao Ártico

Samarone Lima, O Céu nas mãos

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