Não perguntem pelo meu poema: nada sei do coração do pássaro que a música inflama. Não queiram entender minhas palavras: não me dissequem, não…
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Lya Luft 11/06/2018
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Lya Luft 11/06/2018
Lya Luft – Canção da voz em mim
O poema abre suas câmaras de sombra: é o tempo secreto, vai brotar agora mesmo a palavra exata, a chave da minha ideia, a…
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Eucanaã Ferraz 11/06/2018
Eucanaã Ferraz – Dance
Ele não é como uma pedra rolando. Há método nos seus gestos de golfinho de fonte de vaga de máquina de calcular o modo…
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Florbela Espanca 11/06/2018
Florbela Espanca – Crisântemos
Sombrios mensageiros das violetas, De longas e revoltas cabeleiras; Brancos, sois o casto olhar das virgens Pálidas que ao luar, sonham nas eiras. Vermelhos,…
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Senhor, estamos sós, já não nos chamas mais! Não nos escutas mais ano a ano, dia a dia! Pra cá, nossos escuros…
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Mário de Andrade 11/06/2018
Mário de Andrade – Sombra
Quando com a aurora surge o dia, a casa Estende no terreno a sombra informe Que pouco a pouco diminui, conforme Sobe e caminha…
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Guerra Junqueiro 11/06/2018
Guerra Junqueiro – Elegia
A alegria da vida, essa alegria d’oiro A pouco e pouco em mim vai-se extinguindo, vai… Melros alegres de bico loiro, Ó melros negros,…
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Ana Cristina Cesar 11/06/2018
Ana Cristina Cesar – Lá fora
há um amor que entra de férias. Há um embaçamento de minhas agulhas nítidas diante dessa boa bisca de mulher. Há um placar visível…
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[Tradição oral umbundu, Angola] A minha companheira nunca se molha, nunca se queixa do calor ou do frio. Ambos comemos juntos em todas as…
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Olavo Bilac 11/06/2018
Olavo Bilac – XXXIV
Quando adivinha que vou vê-la, e à escada Ouve-me a voz e o meu andar conhece, Fica pálida, assusta-se, estremece, E não sei por…
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E eu que sou o rei de toda esta incoerência, Eu próprio turbilhão, anseio por fixá-la E giro até partir… Mas tudo me resvala…
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Jacques Prévert 08/06/2018
Jacques Prévert – Dia de festa
Onde vai você meu menino com essas flores Debaixo dessa chuva Está chovendo está molhando Hoje é o aniversário da rã E a rã…
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Primeiro pintar uma gaiola com a porta aberta depois pintar qualquer coisa de bonito qualquer coisa de simples qualquer coisa de belo qualquer coisa…
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Adélia Prado 08/06/2018
Adélia Prado – Tanta Saudade
No coração do irrefletido mau gosto a alegria palpita. Montes de borboletas entram janela adentro provocando coceiras, risos, provocando beijos. Como nós nos amamos…
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Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado, Da vossa alta clemência me despido; Porque, quanto mais tenho delinquido, Vos tenho a perdoar mais empenhado.…













