Corpo de mulher, brancas colinas, brancas coxas, pareces-te ao mundo em tua atitude de entrega. O meu corpo de camponês selvagem te escava e…
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Pablo Neruda 18/02/2019
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Paulo Leminski 18/02/2019
Paulo Leminski – A lei do quão
Deve ocorrer em breve uma brisa que leve um jeito de chuva à última branca de neve. Até lá, observe-se a mais estrita disciplina.…
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Cora Coralina 18/02/2019
Cora Coralina – Ressalva
Este livro foi escrito por uma mulher que no tarde da Vida recria e poetiza sua própria Vida. Este livro foi escrito por uma…
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Inger Hagerup 17/02/2019
Inger Hagerup – Duas Línguas
Duas línguas tem meu coração. Duas ganas tem a minha mente. Eu te amo permanentemente mas vou ser tua é nunca não. Nessa rubra…
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Agora viajas longamente rumo a outro país e outro zelo, falas uma língua diferente, não é mais claro o teu cabelo. E eis-me aqui,…
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abre-me! quero ser aberto livrinho ignoto que sou tu me lês e fazes de conta que me entendes mas fracassas então sigo fechado escondido…
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Jan Twardowski 17/02/2019
Jan Twardowski – Dai-nos humildade
Dai-nos humildade mas não penúria alegria que se pode ter pouca coisa e que o dinheiro pode ser ruim dai-nos uma pureza, que não…
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Um dia as minhas mãos de chumbo e sortilégio se estenderão isentas como uma flor madura ou gesto repentino ao sol fotografado. Os meus…
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Neide Archanjo 14/02/2019
Neide Archanjo – Chanson d’amour
Posto que é noite, em tua pele uma fímbria de mar permanece. Com a boca recolho ondas algas espumas. E feliz enuncio que és…
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Mario Faustino 14/02/2019
Mario Faustino – Soneto
Necessito de um ser, um ser humano Que me envolva de ser Contra o não ser universal, arcano Impossível de ler À luz da…
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Sorrio quando penso Em que lugar da sala Guardarás o meu verso. Distanciado Dos teus livros políticos? Na primeira gaveta Mais próxima à janela?…
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Mia Couto 12/02/2019
Mia Couto – O degrau da lágrima
Nasci numa casa com escada. Aquela escada, dizem, nasceu antes da casa. O seu motivo era o de todas as escadas: medo de sermos…
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Adélia Prado 12/02/2019
Adélia Prado – Círculo
Na sala de janta da pensão tinha um jogo de taças roxo-claro, duas licoeiras grandes e elas em volta, como duas galinhas com os…
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Mario Quintana 12/02/2019
Mario Quintana – O menino louco
Eu te paguei minha pesada moeda, Poesia… Ó teus espelhos deformantes e límpidos Como a água! Sim, desde menino, Meus olhos se abriam insones…
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Ponho-me a escrever teu nome com letras de macarrão. No prato, a sopa esfria, cheia de escamas e debruçados na mesa todos contemplam esse…