Manuel Bandeira

Manuel Bandeira – Versos escritos n’água

Os poucos versos que aí vão,
Em lugar de outros é que os ponho.
Tu que me lês, deixo ao teu sonho
Imaginar como serão.

Neles porás tua tristeza
Ou bem teu júbilo, e, talvez,
Lhes acharás, tu que me lês,
Alguma sombra de beleza…

Quem os ouviu não os amou.
Meus pobres versos comovidos!
Por isso fiquem esquecidos
Onde o mau vento os atirou.

Manuel Bandeira, A cinza das horas

Tudo é Poema

Publicado por
Tudo é Poema

Poemas Recentes

Pablo Neruda – Ausência

Ainda há pouco… Leia Mais

2 dias atrás

Margaret Atwood – Ah, crianças

Ah, crianças, vocês… Leia Mais

2 dias atrás

Jorge Luis Borges – O labirinto

Nem Zeus desataria… Leia Mais

3 dias atrás