Cruz e Souza

Cruz e Sousa – Alma solitária

Ó Alma doce e triste e palpitante!
que cítaras soluçam solitárias
pelas Regiões longínquas, visionárias
do teu Sonho secreto e fascinante!

Quantas zonas de luz purificante,
quantos silêncios, quantas sombras várias
de esferas imortais, imaginárias,
falam contigo, ó Alma cativante!

que chama acende os teus faróis noturnos
e veste os teus mistérios taciturnos
dos esplendores do arco de aliança?

Por que és assim, melancolicamente,
como um arcanjo infante, adolescente,
esquecido nos vales da Esperança?!

Cruz e Sousa, Últimos Sonetos

Tudo é Poema

Publicado por
Tudo é Poema

Poemas Recentes

Jorge Luis Borges – O labirinto

Nem Zeus desataria… Leia Mais

12 horas atrás

Paul Auster – Canção dos graus

Nos terrenos baldios… Leia Mais

1 semana atrás