Bruno Tolentino

Bruno Tolentino – Um prelúdio

Amadureci aos poucos,
cresci muito devagar
como os álamos e os loucos
e acabei indo morar

na Casa dos Homens Ocos,
um charco pardo ao luar
entre o tempo morto, os roucos
rugidos do vento e o mar.

Lá se vive sem querer;
lá ouvi uma elegia;
dou-a aqui tal qual ouvi-a

ao cair do entardecer
sobre a charneca vazia,
os pântanos que há no ser.

 

Bruno Tolentino, A balada do cárcere 

Tudo é Poema

Publicado por
Tudo é Poema

Poemas Recentes

Pablo Neruda – Ausência

Ainda há pouco… Leia Mais

4 dias atrás

Margaret Atwood – Ah, crianças

Ah, crianças, vocês… Leia Mais

4 dias atrás

Jorge Luis Borges – O labirinto

Nem Zeus desataria… Leia Mais

5 dias atrás