Mario Quintana

Mario Quintana – Dentro da noite alguém cantou

Dentro da noite alguém cantou.
Abri minhas pupilas assustadas
De ave noturna… E as minhas mãos, pelas paradas,
Não sei que frêmito as agitou!

Depois, de novo, o coração parou.
E quando a lua, enorme, nas estradas
Surge… dançam as minhas lâmpadas quebradas
Ao vento mau que as apagou…

Não foi nenhuma voz amada
Que, preludiando a canção sonâmbula,
No meu silêncio me procurou…

Foi minha própria voz, fantástica e sonâmbula!
Foi, na noite alucinada,
A voz do morto que cantou.

Mario Quintana, Melhores poemas

Tudo é Poema

Publicado por
Tudo é Poema

Poemas Recentes

Pablo Neruda – Ausência

Ainda há pouco… Leia Mais

4 dias atrás

Margaret Atwood – Ah, crianças

Ah, crianças, vocês… Leia Mais

4 dias atrás

Jorge Luis Borges – O labirinto

Nem Zeus desataria… Leia Mais

5 dias atrás