Aleksandr Blok

Alexander Blok – Fábrica

No prédio há janelas citrinas
E à noite – quando cai a noite,
Rangem aldravas pensativas,
Homens aproximam-se afoitos.

E os portões fechados, severos;
Do muro – do alto do muro,
Alguém imóvel, alguém negro
Numera os homens sem barulho.

Eu, dos meus cimos, tudo ouço:
Ele os chama, com voz de aço,
Costas curvas, sofrido esforço.
O povo aglomerado em baixo.

Eles hão de entrar à porfia,
Hão de pôr às costas o fardo.
Riso nas janelas citrinas:
Tapearam os pobres-diabos.

 

Alexander Blok, Poemas Russos

Tudo é Poema

Publicado por
Tudo é Poema
  • Poemas Recentes

    Paul Auster – Canção dos graus

    Nos terrenos baldios… Leia Mais

    3 dias atrás

    Nikki Giovanni – Pão

    Eu estava sonhando… Leia Mais

    3 dias atrás