Salgado Maranhão

Salgado Maranhão – Tambores

Sou da terra
dos tambores que falam.
E guardo no corpo a memória
que acorda o silêncio.

Eu vi a lua descer
para assistir minha mãe
dançar.

a camponesa que amava
latim.

eu vi a mão preta açoitar
o tambor; eu ouvi
roncar a madeira sagrada:

o rito da voz ancestral
antes do cogito e da parabólica.

Salgado Maranhão, A estante dos poetas: antologia

Tudo é Poema

Publicado por
Tudo é Poema

Poemas Recentes

Pablo Neruda – Ausência

Ainda há pouco… Leia Mais

5 dias atrás

Margaret Atwood – Ah, crianças

Ah, crianças, vocês… Leia Mais

5 dias atrás

Jorge Luis Borges – O labirinto

Nem Zeus desataria… Leia Mais

6 dias atrás