Paul Verlaine

Paul Verlaine – A voz dos botequins…

A voz dos botequins, a lama das sarjetas,
Os plátanos largando no ar as folhas pretas,
O ônibus, furacão de ferragens e lodo,
Que entre as rodas se empina e desengonça todo,
Lentamente, o olhar verde e vermelho rodando;
Operários que vão para o grêmio fumando
Cachimbo sob o olhar de agentes de polícia,
Paredes e beirais transpirando imundícia,

A enxurrada entupindo o esgoto, o asfalto liso,
Eis meu caminho — mas no fim há um paraíso.

Paul Verlaine, Poetas de França

Tudo é Poema

Publicado por
Tudo é Poema

Poemas Recentes

Pablo Neruda – Ausência

Ainda há pouco… Leia Mais

5 dias atrás

Margaret Atwood – Ah, crianças

Ah, crianças, vocês… Leia Mais

5 dias atrás

Jorge Luis Borges – O labirinto

Nem Zeus desataria… Leia Mais

6 dias atrás