Mia Couto
Tudo o que tenho não tem posse:
o rio e suas ocultas fontes, a nuvem grávida de novembro, o estilhaçar do riso em tua boca.
Só me pertence o que não abraço.
Eis como eterno me condeno: – amo o que não tem despedida.
Mia Couto, Vagas e lumes
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