Costa Andrade

Costa Andrade – É grata

É grata esta certeza de encontrar
Após luas mais pesadas que cidades
Venceremos a palavra escrita em cada tronco do Maiombe.
Caia um braço as pernas fiquem pelas mulolas
Farrapos de pele nas espinheiras

Os olhos não!
Os olhos vejam
a ambicionada luz que se negara
antes de fevereiro

Teus lábios molhados de poesia
Condensada em gotas de cacimbo
cantam com os rios.

Túmidos estão os seios das mães e as folhas verdes

os mortos
agora já são vivos para sempre.

Fernando Costa Andrade, Poesia com armas

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