Mauro Mota

Mauro Mota – Minha N. S. da Esperança

Eu corri, todo ansioso, a recebê-la
numa manhã sem sol, de cerração,
e ela entrou, como o brilho duma estrela
do céu, para alumiar meu coração.

Tornou-se muito minha amiga então,
Era tão linda! ai quem me dera tê-la
junto a mim! mas já foi, já partiu pela
tarde do meu jardim — rosa em botão! —

É debalde, minh’alma, que lhe gritas.
Neste mundo não há quem a defina
com seu vestido branco e verdes fitas.

Teu brado, na distância, não a alcança.
Pois fiquei a pensar que essa menina
era Nossa Senhora da Esperança…

 

Mauro Mota, Poemas da Juventude

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