Mario Quintana – O límpido cristal

Que límpido o cristal de abril!… Um grito
não vai como os da noite — para os extramundos…
Todas as vozes, todas as palavras ditas — cigarras presas
dentro do globo azul — vão em redor do mundo
e a ninguém é preciso entender o que elas dizem;
basta aquele bordoneio profundo
que vibra com o peito de cada um…
palavras felizes de se encontrarem uma com a outra
nas solidões do mundo!

Mario Quintana, Antologia poética